Lei Ordinária 710/2010

Tipo: Lei Ordinária
Ano: 2010
Data da Publicação: 15/04/2010

EMENTA

  • REGULAMENTA O TRATAMENTO DIFERENCIADO E FAVORECIDO ÀS MICROEMPRESAS, ÀS EMPRESAS DE PEQUENO
    PORTE E AOS MICROEMPRESÁRIOS INDIVIDUAIS DE QUE TRATA A LEI COMPLEMENTAR FEDERAL Nº 123, DE 14 DE
    DEZEMBRO DE 2006, E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.

Integra da Norma

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URUPEMA SC LEI ORDINÁRIA Nº 710 DE 15 DE ABRIL DE 2010
LEI Nº 710/2010, DE 15 DE ABRIL DE 2010.
REGULAMENTA O TRATAMENTO DIFERENCIADO E FAVORECIDO ÀS MICROEMPRESAS, ÀS EMPRESAS DE PEQUENO
PORTE E AOS MICROEMPRESÁRIOS INDIVIDUAIS DE QUE TRATA A LEI COMPLEMENTAR FEDERAL Nº 123, DE 14 DE
DEZEMBRO DE 2006, E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.
O Prefeito de Urupema, Estado de Santa Catarina, no uso das atribuições que lhe confere a Lei Orgânica do Município, faz
saber que a Câmara de Vereadores aprovou e ^ca sancionada a seguinte Lei:
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 1º Esta lei regulamenta e consolida o tratamento jurídico diferenciado e simpli^cado para as microempresas, empresas
de pequeno porte e micro empreendedores individuais, em conformidade com o disposto nos arts. 146, III, “d”, 170, IX, e
179 da Constituição Federal e as disposições contidas na Lei Complementar Federal nº 123, de 14 de dezembro de 2006, e
alterações posteriores.
Parágrafo único. Para ^ns do disposto nesta lei, aplicam-se as de^nições de microempresa, de empresa de pequeno porte e
de micro empreendedor individual contidas na Lei Complementar Federal nº 123, de 14 de dezembro de 2006, e alterações
posteriores.
CAPÍTULO II
DA INSCRIÇÃO, LEGALIZAÇÃO E BAIXA
Seção I
Das Diretrizes
Art. 2º Os órgãos públicos municipais envolvidos no processo de abertura e fechamento de empresas observarão a
unicidade do processo de registro e de legalização, devendo para tanto articular as competências próprias com aquelas
dos demais órgãos das outras esferas envolvidas na formalização empresarial, buscando compatibilizar e integrar
procedimentos, de modo a evitar a duplicidade de exigências e garantir a linearidade do processo, da perspectiva do
empresário.
Art. 3º Deverão ser mantidas à disposição dos empresários, de forma presencial e pela rede mundial de computadores,
informações, orientações e instrumentos que permitam pesquisa prévia à etapa de inscrição, alteração e baixa de
empresas, de modo a prover a certeza quanto à documentação exigível e quanto à viabilidade da inscrição.
Art. 4º Os procedimentos relativos à consulta de viabilidade, inscrição, alteração e baixa de empresas serão realizados por
meio de sistemas informatizados, integrados ao Projeto Registro Mercantil Integrado – REGIN.
Parágrafo único. Fica o Chefe do Poder Executivo autorizado a tomar todas as providências necessárias para completa
integração dos referidos sistemas.
Art. 5º O Município adotará, para ^ns de cadastramento, a codi^cação prevista na Classi^cação Nacional de Atividades
Econômicas – CNAE.
Parágrafo único. O Chefe do Poder Executivo regulamentará a forma de atualização cadastral das empresas já inscritas no
Município e respectiva vinculação à Classi^cação Nacional de Atividades Econômicas – CNAE.
Seção II
Da Consulta de Viabilidade e Da Inscrição
Art. 6º É obrigatória a realização da consulta de viabilidade previamente ao pedido de inscrição da microempresa, da
empresa de pequeno porte e do microempresário individual, a qual será efetivada por meio do sistema Registro Mercantil
Integrado – REGIN, disponível no sítio o^cial do Município, e requerida preferencialmente por contador ou técnico contábil
devidamente registrado no respectivo conselho de classe.
§ 1º A consulta de viabilidade deverá bastar a que o empresário seja informado pelos órgãos competentes:
I – da descrição o^cial do endereço de seu interesse e da possibilidade de exercício da atividade econômica desejada no
local escolhido;
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II – de todos os requisitos a serem cumpridos para obtenção de licenças de autorização de funcionamento, segundo a
natureza da atividade econômica pretendida, o porte, o grau de risco e a localização.
§ 2º Os órgãos competentes disporão do prazo de 60 dias, a contar da data da realização da consulta no REGIN, para emitir
o respectivo parecer, o qual poderá ser pelo:
I – Deferimento da consulta de viabilidade, nos casos de atendimento de todas as normas de ocupação do solo, posturas,
segurança pública, vigilância sanitária e meio ambiente;
II – Indeferimento da consulta de viabilidade, nos casos em que não forem atendidas todas as normas de ocupação do solo,
posturas, segurança pública, vigilância sanitária e meio ambiente.
§ 3º Na hipótese do inciso II do § 2º deste artigo, o atendimento de todas as normas de ocupação do solo, posturas,
segurança pública, vigilância sanitária e meio ambiente, deverá ser cumprido anteriormente ao pedido de inscrição da
microempresa, da empresa de pequeno porte ou do micro empreendedor individual
§ 4º O contador ou escritório de contabilidade optante pelo Regime Especial Uni^cado de Arrecadação de Tributos e
Contribuições devidos pelas microempresas e empresas de pequeno porte – Simples Nacional deverá prestar orientações e
efetuar o pedido de consulta de viabilidade gratuitamente ao micro empreendedor individual, nos termos do artigo 18, § 22-
B, inciso I, da Lei Complementar Federal nº 123, de 14 de dezembro de 2006.
§ 5º Ao micro empreendedor individual será facultada a realização de consulta de viabilidade tão-somente para o exercício
de atividades econômicas constantes na regulamentação especí^ca aprovada pelo Comitê Gestor do Simples Nacional,
nos termos da Lei Complementar Federal nº 123, de 14 de dezembro de 2006, e alterações posteriores.
§ 6º A consulta de viabilidade de que trata este artigo será gratuita.
Art. 7º O processo de registro do micro empreendedor individual deverá ter trâmite especial, opcional para o empreendedor
na forma disciplinada pelo Comitê para Gestão da Rede Nacional para a Simpli^cação do Registro e da Legalização de
Empresas e Negócios.
§ 1º A inscrição do micro empreendedor individual deverá ser realizada no Portal do Empreendedor, disponível no sítio
www.portaldoempreendedor.gov.br, após a realização e deferimento da consulta de viabilidade previsto no artigo 6º desta
lei.
§ 2º A realização de inscrição do micro empreendedor individual diretamente no Portal do Empreendedor prescindida da
realização e deferimento da consulta de viabilidade resultará no indeferimento da inscrição municipal e revogação de
eventuais documentos emitidos anteriormente à análise do pedido de inscrição pelo Município, em especial dos registros
provisórios do CNPJ e do NIRE.
§ 3º O micro empreendedor individual ^ca isento do pagamento de todas as taxas relativas à primeira inscrição.
§ 4º A partir do segundo ano da inscrição municipal, aplicar-se-ão ao micro empreendedor individual as disposições legais
relativas à taxas aplicáveis às demais empresas.
Art. 8º A inscrição da microempresa e da empresa de pequeno porte deverá ser realizada no sítio o^cial do Município, após
o deferimento da consulta de viabilidade.
CAPÍTULO II
DO REGIME TRIBUTÁRIO
Art. 9º As microempresas, as empresas de pequeno porte e os micro empreendedores individuais optantes pelo Regime
Especial Uni^cado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas microempresas e empresas de pequeno porte
– Simples Nacional, relativamente ao Imposto Sobre Serviços – ISS, cingir-se-ão às disposições ^xadas pela Lei
Complementar Federal nº 123, de 14 de dezembro de 2006, e suas alterações, e pelas normas expedidas pelo Comitê
Gestor do Simples Nacional.
Art.10. Aretenção na fonte de ISS devido pelas microempresas ou pelas empresas de pequeno porte optantes pelo Simples
Nacional somente será permitida se observado o disposto no art. 3º da Lei Complementar nº 116, de 31 de julho de 2003, e
deverá observar as seguintes normas:
I – a alíquota aplicável na retenção na fonte deverá ser informada no documento ^scal e corresponderá ao percentual de ISS
previsto nos Anexos III, IV ou V da Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006, para a faixa de receita bruta a que
a microempresa ou a empresa de pequeno porte estiver sujeita no mês anterior ao da prestação;
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II – na hipótese de o serviço sujeito à retenção ser prestado no mês de início de atividades da microempresa ou da empresa
de pequeno porte, deverá ser aplicada pelo tomador a alíquota correspondente ao percentual de ISS referente à menor
alíquota prevista nos Anexos III, IV ou V da Lei Complementar nº 123/2006;
III – na hipótese do inciso II deste artigo, constatando-se que houve diferença entre a alíquota utilizada e a efetivamente
apurada, caberá à microempresa ou empresa de pequeno porte prestadora dos serviços efetuar o recolhimento dessa
diferença no mês subseqüente ao do início de atividade em guia própria do Município;
IV – na hipótese de a microempresa ou empresa de pequeno porte estar sujeita à tributação do ISS no Simples Nacional por
valores ^xos mensais, não caberá a retenção a que se refere este artigo;
V – na hipótese de a microempresa ou empresa de pequeno porte não informar a alíquota de que tratam os incisos I e II
deste artigo no documento ^scal, aplicar-se-á a maior alíquota correspondente ao percentual de ISS prevista nos Anexos III,
IV ou V da Lei Complementar Federal nº 123, de 14 de dezembro de 2006;
VI – não será eximida a responsabilidade do prestador de serviços quando a alíquota do ISS informada no documento ^scal
for inferior à devida, hipótese em que o recolhimento dessa diferença será realizado em guia própria do Município;
VII – o valor retido, devidamente recolhido, será de^nitivo, e sobre a receita de prestação de serviços que sofreu a retenção
não haverá incidência de ISS a ser recolhido no Simples Nacional.
Art. 11. Os escritórios de contabilidade, mesmo que optantes pelo Simples Nacional, recolherão o ISS em de acordo com a
Lei Municipal no 45/2008, de 25/11/2008, por meio de Documento de Arrecadação Municipal (DAM).
CAPÍTULO III
DA FISCALIZAÇÃO
Art. 12. Sem prejuízo de sua ação especí^ca, a autoridade ^scal exercerá sua atividade prioritariamente de maneira
orientadora e não punitiva junto ao micro empreendedor individual, à microempresa e à empresa de pequeno porte;
Parágrafo único. Sempre que possível e a infração não colocar em risco os consumidores e os trabalhadores, o auto de
infração será precedido de intimação com prazo de 30 (trinta) dias para solucionar a irregularidade.
Art. 13. Fica autorizado o Município de Urupema – SC a ^rmar convênio com a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, para
realizar a inscrição em dívida ativa municipal e a cobrança judicial dos tributos municipais a que se refere a Lei
Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006, e alterações posteriores.
CAPÍTULO IV
DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 14. Compete ao Chefe do Poder Executivo regulamentar esta lei no prazo de 120 dias e promover ampla divulgação do
tratamento diferenciado e favorecido previsto nesta lei.
Art. 15. Esta lei entra em vigor na data de sua publicação, produzindo efeitos a partir do primeiro dia útil subseqüente à sua
publicação.
Art. 16. Revogam-se as demais disposições em contrário.
Prefeitura de Urupema em 15 de abril de 2010.
AMARILDO LUIZ GAIO
Prefeito de Urupema